O antropólogo canadense, Jonh Allan Lee, se especializou em analisar
a capacidade de amar do ser humano, e assim, em sua obra “Love Styles”
(1988), analisa o amor do ponto de vista da psicologia e apresenta sua
teoria afirmando que as pessoas sentem diferentes tipos de amor.
É importante saber que a palavra amor é um único termo, tanto na
Bíblia como no mundo secular, usado para denominar diversos estilos e
níveis de sentimentos e ações.
Por sua vez, Lee tenta clarificar sua tese sobre os vários estilos
de amor fazendo uma analogia sobre o extraordinário mecanismo da nossa
visão em relação à percepção das cores.
O Dr. Ailton Amélio afirma: “Os nossos olhos só possuem receptores
para três cores: o amarelo, o azul e o vermelho. São as chamadas cores
primárias. No entanto, somos capazes de perceber mais de 8 milhões de
variações de cores. A nossa capacidade de perceber essa quantidade
enorme de variações de cores pode ser explicada por um mecanismo muito
simples. Ela é fruto de uma infinidade de combinações entre diferentes
intensidades das estimulações dos três receptores de cores que existem
em nossos olhos” – O Mapa do Amor, p. 24.
De acordo com Lee, assim também existem três estilos primários de amor: Eros, Ludos e Estorge. Todos os tipos de amor, de alguma forma, têm sua origem na combinação desses três tipos básicos de amar.
Segundo o Dr. Ailton Amélio, as características desses três estilos
básicos e de mais três estilos secundários – Mania (combinação de Eros
e Ludos), Pragma (combinação de Ludos e Estorge) e Ágape (combinação de
Eros e Estorge), são as seguintes:
Estilos básicos de amor:
1) Eros – Pode surgir à primeira vista. Sente
atração imediata, principalmente por causa da aparência da outra
pessoa, e é motivado por interesse sexual. “Não teme se entregar ao
amor, mas também não está ansioso para amar” – p. 25.
2) Estorge – O amor se desenvolve
gradativamente no decorrer de uma relação de amizade. Nesse período
leva-se em conta interesses e semelhanças em comum. “O contato sexual é
menos enfatizado e começa relativamente mais tarde” – p.26.
3) Ludos – É o tipo de amor em que a relação
com o outro é casual e passageiro. É muito bom enquanto dura. É o
principal motivo da onda do “ficar”. A pessoa que é movida por esse
tipo de amor é capaz de flertar com diferentes pessoas no mesmo período
de tempo. O que importa é o prazer da sedução e da conquista. E assim,
o que importa é o momento em que você está com a pessoa que quer,
depois parte-se para outra. “As promessas são válidas apenas no momento
em que são apresentadas, e não no futuro. Afirmação típica de quem tem
esse tipo de amor: ‘Eu gosto de jogar o jogo do amor com diferentes
parceiros simultaneamente’”- p.26.
Estilos secundários de amor:
1) Mania (composto de Eros e Ludos) – As
principais características desse tipo são: insegurança, possessividade
e ciúme. A emoção gerada é quase obsessiva a ponto da pessoa querer
ficar o tempo todo com o outro e está sempre exigindo uma prova de
amor. Está sempre tentando atrair a atenção do outro em busca de
afirmação.
2) Pragma (composto de Ludos e Estorge) – As
principais características desse tipo são: planejamento e avaliação.
Antes de começar o relacionamento, leva-se em conta na escolha,
aspectos como, compatibilidade e satisfação mútua das necessidades, de
maneira que “as pessoas desse estilo examinam os pretendentes para ver
se atendem a uma série de expectativas antes de se envolver com eles.”
– p. 27.
3) Ágape (composto de Estorge e Eros) – As
principais características desse tipo são: ausência de egoísmo, cuidado
e preocupação em primeira instância com o outro. O impulso natural de
quem sente esse tipo de amor, consiste no seguinte lema: primeiro
ele(a), depois eu. O autor declara que a afirmação típica de quem tem
esse estilo de amor é: “Eu prefiro sofrer a fazer o meu amor sofrer” –
p. 27.
Medite: “O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em
ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz
inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera,
não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se
com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor
jamais acaba…” – I Coríntios 13:4-8.
Fonte: www.vidaadois.net
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário